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Edição duzentos e sessenta e seis

A 266 imagina o futuro

Tempo de leitura: 1 min e 57 seg

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

IA da OpenAI acelera reprogramação celular

A OpenAI e a Retro Biosciences desenvolveram o GPT-4b micro, um modelo de IA treinado em biologia que conseguiu redesenhar proteínas-chave para transformar células comuns em células-tronco com muito mais rapidez e eficiência.

As proteínas RetroSOX e RetroKLF, criadas por IA, aumentaram em mais de 50 vezes os sinais de reprogramação celular em relação às proteínas naturais.

Esse avanço pode tornar a criação de células-tronco mais segura e acessível, abrindo caminho para terapias regenerativas que tratem doenças do envelhecimento e permitam reparo de tecidos danificados.

Fonte: OpenAI

Mais detalhes:

  • O GPT-4b micro é uma versão especializada do GPT-4o, treinada com sequências de proteínas, textos científicos e dados estruturais 3D para projetar novas variantes funcionais.

  • Em testes, células de doadores de meia-idade mostraram sinais de reprogramação em apenas sete dias, contra cerca de três semanas nos métodos tradicionais.

  • As células reprogramadas mantiveram estabilidade genética e mostraram menor dano ao DNA, o que aumenta suas chances de uso em terapias futuras.

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Não é ficção

Às vezes dá a sensação de que estamos atravessando a fronteira entre ciência e ficção.

Pesquisadores já não estão apenas observando a biologia, mas reescrevendo suas regras com apoio de inteligência artificial. O que antes parecia um processo lento e quase artesanal, agora começa a ganhar escala e velocidade inéditas.

Esse tipo de avanço traz uma perspectiva curiosa: talvez a maior revolução da IA não esteja nas telas, mas nos próprios limites do corpo humano. Falamos de rejuvenescer células, reparar tecidos e abrir espaço para uma medicina que trata causas profundas, não apenas sintomas.

A história da tecnologia mostra que muitas das mudanças mais radicais chegam de forma silenciosa — como a eletricidade, que começou iluminando ruas e acabou moldando tudo. Pode ser que estejamos vendo algo parecido, só que no nível celular.

Impressiona pensar que, em algumas décadas, olhar para trás e lembrar de uma época em que não conseguíamos regenerar tecidos talvez soe tão distante quanto hoje nos parece a medicina sem antibióticos.

Bom dia. Até amanhã. Tchau.