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Edição duzentos e cinquenta e três

A 253 fala sobre dois jovens

Tempo de leitura: 3 min e 32 seg

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

DeepMind apresenta Genie 3 world model jogável em tempo real

A DeepMind lançou o Genie 3, um modelo que gera mundos interativos em 720 p a 24 fps, onde o usuário pode se mover livremente e alterar o ambiente com comandos de texto.

Com um único prompt você entra no mundo, navega na hora e pode digitar eventos que mudam o clima ou fazem novos objetos surgirem enquanto navega.

Esse avanço é mais um passo rumo à AGI, pois mostra uma IA capaz de compreender e simular, de forma coerente, partes do mundo físico.

Fonte: Google DeepMind

Mais detalhes:

  • Consistência de minutos: o cenário mantém física e memória de objetos por vários minutos, superando o limite de poucos segundos das versões anteriores.

  • Outra escala de imersão: enquanto o AlphaEarth Foundations, que citamos em edições anteriores, mapeia o planeta a partir de imagens de satélite estáticas, o Genie 3 cria cenários 3D navegáveis em tempo real.

  • Acesso restrito: disponível apenas para pesquisadores convidados, mas já há exemplos incríveis em vídeo mostrando o modelo em ação.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

OpenAI libera gpt-oss sob licença Apache 2.0

A OpenAI disponibilizou os modelos gpt-oss-120b (117 B parâmetros) e gpt-oss-20b (21 B) como open-weight, prontos para download e uso local sob a licença Apache 2.0.

A versão 20 B alcança desempenho semelhante ao o3-mini em benchmarks e roda em dispositivos com apenas 16 GB de memória, ideal para inferência local e iteração rápida.

É o primeiro modelo de linguagem aberto da OpenAI desde o GPT-2 (2019) e aumenta a pressão sobre concorrentes como Meta e Mistral.

Fonte: OpenAI

Mais detalhes:

  • Mixture-of-experts: apenas 3,6 B dos 21 B parâmetros são ativados por token no modelo 20 B, garantindo baixo custo de execução.

  • Licença Apache 2.0: permite uso comercial, derivados e fine-tuning sem obrigações de copyleft, bastando manter aviso de copyright e isenção de responsabilidade.

  • Autonomia e privacidade: modelos open-weight podem rodar totalmente offline, o que atrai empresas e devs que precisam de controle de dados e latência mínima.

CLONEX INSPIRE #2

Brex

Na última semana, contamos sobre um hacker ético brasileiro que derrubou grupos de criminosos. Nesta semana, vamos contar a história de uma empresa fundada por brasileiros que mudou completamente o mercado de cartões corporativos para startups (e muito mais).

Em 2017, no batch Winter 17 da Y Combinator, Henrique Dubugras e Pedro Franceschi chegaram com um projeto de realidade virtual, mas logo perceberam uma dor verdadeira das startups e pivotaram para criar um cartão corporativo digital — nascia a Brex.

Henrique Dubugras começou a programar aos 12 anos e, aos 14, recebeu uma notificação de violação de patente por um jogo que ele próprio criara. Pedro Franceschi, por sua vez, chamou atenção aos 13 ao tornar-se um dos primeiros brasileiros a desbloquear iPhones.

Aos 16 e 15 anos, respectivamente, Dubugras e Franceschi fundaram a processadora de pagamentos Pagar.me, que em três anos processou mais de US$ 1,5 bilhão e foi vendida à Stone em 2016.

Após a venda, ingressaram em Stanford, mas largaram o curso no primeiro ano para empreender em tempo integral no Vale do Silício — decisão que pavimentou a criação da Brex.

Em outubro de 2018, a Brex levantou US$ 125 milhões e atingiu valuation de US$ 1,1 bilhão em menos de dois anos. Em janeiro de 2022, outra rodada de US$ 300 milhões elevou a empresa a US$ 12,3 bilhões.

Quando o Silicon Valley Bank quebrou em março de 2023, a Brex abriu 4 000 contas e recebeu US$ 2 bilhões em depósitos em apenas 36 horas, provando a robustez da sua infraestrutura financeira.

Em junho de 2024, adotou modelo de CEO único: Pedro assumiu o cargo, enquanto Henrique se tornou presidente do conselho, passo pensado para preparar um futuro IPO.

Segundo a Bloomberg, a Brex projeta alcançar US$ 500 milhões de receita anual e fluxo de caixa positivo até o fim de 2025 — pré-requisito antes da abertura de capital.

Da troca de tweets à construção de uma fintech global, a trajetória de Dubugras e Franceschi mostra como ideias ousadas, executadas com disciplina, podem sair de jovens no Brasil e transformar um mercado inteiro — exatamente o ciclo de inovação que queremos ver florescer no Brasil.

Dois jovens brasileiros com uma ideia inovadora (e muita vontade).

Um mercado transformado por completo.

Essa história é uma das que inspiram e que merecem ser compartilhadas.

Queremos fomentar esse ambiente no Brasil. Ideias que geram mudanças por meio da tecnologia.

Se você tem uma ideia, conte com a gente. Seja por parcerias para desenvolver, seja por conteúdo para você ser capaz de desenvolver por conta própria.

Bom dia. Até amanhã. Tchau.